Seguidores

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Saúde Pública é o tema da Campanha da Fraternidade 2012

Segundo a entidade, o objetivo é despertar a solidariedade dos fiéis e da sociedade para um problema concreto e a buscar uma solução para ele Gazeta do Povo A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira (22) a Campanha da Fraternidade 2012, que terá como tema "Fraternidade e Saúde Pública". A mobilização ocorre em todas as dioceses do Brasil, durante o período da quaresma (período entre a Quarta-feira de Cinzas e a Páscoa). Segundo a entidade, o objetivo é despertar a solidariedade dos fiéis e da sociedade para um problema concreto e a buscar uma solução para ele. "A saúde integral é o que mais se deseja. Há muito tempo, ela vem sendo considerada a principal preocupação e pauta reivindicatória da população brasileira, no campo das políticas públicas. O SUS (Sistema Único de Saúde), inspirado em belos princípios como o da universalidade, cuja proposta é atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo. No entanto, ele ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a contento, sobretudo os mais necessitados destes serviços", diz a CNBB no texto-base. A Campanha da Fraternidade foi criada em 1964. Fonte:UNIAD - Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas

Amigos são estradas...

Certos amigos são indispensáveis, simples como aquela estradinha de terra no interior, onde do alto da colina podemos avistá-la inteirinha, sabemos onde podemos ir e onde podemos chegar, são transparentes e confiáveis. Outros, acabaram de chegar, como estradas que só conhecemos pelo guia, e vamos nos aventurando sem saber muito bem seus limites, é um caminho desconhecido, mas que sempre vale a pena trilhar. Tem amigos que lembram aquelas estradas vicinais, que pouco usamos, pouco vemos, mas sabemos que quando precisarmos, ela estará lá, poderemos passar e cortar caminho, mesmo distante, estão sempre em nossa memória. Por certo, também existem amigos que infelizmente, lembram aquelas estradas maravilhosas, com pistas largas e asfalto sempre novo, mas que enganam o motorista, pois são cheias de curvas perigosas, e quando você menos espera... é traído pela confiança excessiva. E existem amigos que são como aquelas estradas que desapareceram, não existem mais, mas que sempre ligam a nossa emoção até a saudade, saudade de uma paisagem, um pedaço daquela estrada, que deixou marcas profundas em nosso coração. Foram, mas ficaram impregnados em nossa alma. E na viagem da vida, que pode ser longa ou curta amigos são mais do que estradas, são placas que indicam a direção, e naqueles momentos em que mais precisamos, por vezes são o nosso próprio chão. Bom dia! Fonte:(Autorizado por www.rivalcir.com.br)

sábado, 25 de fevereiro de 2012

ISOLADO

Eu estava em um lugar onde apenas os pássaros cantavam... Onde o ocaso se fazia melodia com os sussurros dos ventos, E o meu coração trovejava no vigor da noite sem nuvens... Eu estava em um lugar onde à luz me queimavam os olhos... Onde os bálsamos peculiares e as flores mortas me rendiam, E a terra quente e seca me queimava os pés sob a aparência... Eu estava em um lugar onde nada de amor imperava a alma... Onde a paixão não se manifestava em âmagos propícios, E os desejos não se entrelaçavam ao corpo e ao sangue frio... Eu estava em um lugar onde cobras e ratos se pertenciam... Onde de alimentos faziam das trevas as suas principais vozes, E os seus murmúrios surdiam os tímpanos invioláveis e vis... Eu estava em um lugar onde de ossos e couro me via o corpo... Onde de expressão não me entendiam aos versos de sanidade, E os céus me eram distantes, mas de sabedoria me enaltecia... Eu estava em um lugar onde apenas de mim se alimentava... Onde de absoluta a minha fé se exigia aos fictos desnudar, Onde me fiz santo às promessas, e o sol me reinou a esperança... Poeta Dolandmay

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Internação compulsória: Será a solução?

O presidente da Comissão de Estudos sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins da OAB/SP, Cid Vieira de Souza Filho, discute a internação compulsória como solução para tratar dependentes químicos, principalmente aqueles que fazem uso de uma das drogas mais devastadoras, o crack. Lamentavelmente o Brasil – com aproximadamente seis milhões de dependentes e cerca de dois milhões de óbitos – está perdendo essa difícil luta contra as drogas. Os dados são alarmantes e demonstram que a situação está fora do controle atingindo todas as classes sociais. É incontestável a dificuldade das autoridades de conter o tráfico e a população das chamadas cracolândias espalhadas em todo o país. Em pouquíssimo tempo o resultado será catastrófico, se não houver a conscientização dos nossos governantes, e a mobilização de toda sociedade para encarar e enfrentar o problema com muita coragem. O Estado abandonou os dependentes de drogas, desconhecendo quantos há no país, e não reconhecendo uma verdadeira “epidemia do crack”, com mais vítimas do que até mesmo o próprio álcool. Faltam leitos em Hospitais Públicos para atendimento dos dependentes químicos. Pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios constatou uma triste realidade: em 98% das capitais Brasileiras o consumo e tráfico do crack vêm se alastrando, devastando a vida de milhares de jovens. Segundo dados do IBGE, existem mais de um milhão de usuários de crack no país. As crianças estão perdendo a sua infância e a própria vida para o crack. Já um estudo da Universidade Federal de São Paulo demonstrou a complexidade no tratamento desses pacientes. Durante 12 anos foram acompanhados 107 dependentes do crack. Após esse período, 32,8% estavam abstinentes, 20,6% haviam morrido (a maioria, pela violência), 10% encontravam-se presos, 16,8% continuavam usando crack e cerca de 20% estavam desaparecidos. Relatório produzido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) revelou um aumento na circulação do crack no Brasil. Em 2002, 200 quilos da droga foram apreendidos. Em 2007 foram 578 quilos O montante equivale a 81,7% do crack apreendido na América do Sul e aponta o Brasil como recordista nas apreensões. Por outro lado, uma das preocupações dos programas sociais é o aumento dos jovens ameaçados de morte, e 90% das situações em razão de dívida com o tráfico de drogas. Vão desde dívidas de 50 reais a 1mil reais, sendo que muitas vezes esses jovens estão jurados de morte, e são obrigados a ficarem refugiados pelo tráfico de drogas. E o mais assustador. Alguns especialistas entendem que os usuários de crack em sua maioria são doentes mentais, razão pela qual a solução inicial é médica. A força destrutiva do crack leva a uma deterioração muito rápida do psiquismo, comprometendo a capacidade crítica e a noção da realidade dos seus usuários. Essa droga na síndrome de abstinência gera incontrolável violência, fazendo com que esses indivíduos pratiquem crimes com muita facilidade, podendo inclusive matar seu próprio familiar para conseguir comprar a droga por um ou dois reais. Buscam a pedra do crack para saciar as suas necessidades psicofisiológicas. A gravidade do problema – passados mais de 20 anos desde a primeira apreensão de crack no Brasil – acabou alertando os Deputados, sendo criada frente Parlamentar de Enfrentamento à Droga de São Paulo. Recentemente estiveram na Cracolândia no centro paulistano e constataram essa vergonhosa e inadmissível realidade, onde todos os dias mais de duas mil pessoas usam esse local para o consumo de drogas. É um enorme desafio para toda sociedade. Olhar de frente para o problema e recuperar vidas humanas que se encontram em um caminho sem volta. A grande questão é saber se a internação compulsória dos dependentes de drogas – em especial dos adolescentes sem discernimento e condições de decidir – fere ou não o direito constitucional de ir e vir do cidadão. Na verdade a Constituição não prevê direito ilimitado, a não ser o direito à vida. Portanto, o Estado – cuja função também é proteger e zelar pela vida e saúde das crianças -, deve intervir de forma enérgica em relação àqueles que estão nas ruas em situação de risco, cujo destino final é a morte, de pelo menos um terço de seus usuários. O Poder Público não pode cruzar os braços e ficar inerte. A internação compulsória poderá ser admitida como última alternativa, depois de esgotados todos os meios de recuperação do dependente, – um verdadeiro mutirão pela vida com a participação de toda sociedade -, com a supervisão do Ministério Público e sob o crivo do Poder Judiciário. Cid Vieira de Souza Filho, Presidente da Comissão de Estudos sobre Educação e Prevenção de Drogas e Afins da OAB/SP.

Beber socialmente...

A Cidade Trabalho feito na USP mostra que a bebida relaxa a aorta e faz o corpo produzir muitos radicais livres. O efeito do consumo agudo do álcool, relacionado a ingestões de bebida em ocasiões específicas, pode causar hipertensão e problemas cardiovasculares, além de aumentar o risco do desenvolvimento de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs). É o que aponta uma pesquisa desenvolvida pelo doutorando Ulisses Vilela Hipólito, no laboratório da farmacologia da USP, em parceria com a Universidade de Ottawa, no Canadá. "As linhas de pesquisas existentes já estudaram os efeitos do consumo crônico do álcool, que é prejudicial à saúde. O objetivo dessa pesquisa foi analisar se um consumo, mesmo que menor, também poderia trazer danos para a saúde. Percebemos que isso ocorre", diz Hipólito. Para a realização da pesquisa, foi utilizado o modelo "Binge drinking", termo em inglês que pode ser entendido como o bebedor de fim de semana. Os estudos se basearam na administração do álcool em ratos e comprovou que 85% dos animais que fizeram a ingestão da substância apresentaram alterações no sistema cardiovascular. O coordenador da pesquisa, Carlos Renato Tirapelli, explica que a grande pergunta a ser respondida é como o álcool induz à hipertensão. "Foi possível perceber que o álcool relaxa a aorta. Ele produz muitos radicais livres, que são as moléculas formadas no organismo, resultado da oxidação natural. Esses danos podem provocar um gatilho que desencadeie num espasmo e até levar ao AVC" diz o pesquisador. A pesquisa tem sido desenvolvida nos últimos dois anos. São observados ratos sob o efeito de uma quantia de 13% de álcool no organismo. O estudo é feito após a absorção do etanol pelo organismo. Tirapelli explica que o Sistema Estadual de Análise de Dados (Senad) também tem demonstrado preocupação com o hábito de beber socialmente. "O Senad fez um levantamento em 2007 e, no Brasil, esse hábito é muito comum entre jovens de 18 a 30 anos. Por isso, a necessidade de reconhecer que esse uso agudo também é prejudicial", afirma. Além do apoio da universidade canadense, a pesquisa teve financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Vitamina C ajuda a minimizar efeitos do álcool Para tentar minimizar os efeitos do álcool no organismo, foi utilizada a vitamina C, administrada aos ratos depois da ingestão alcoólica. "Como a vitamina C é um antioxidante natural, tentamos utilizá-la para reduzir os danos causados pelo álcool no organismo e percebemos que ela minimiza alguns efeitos", diz Hipólito. Segundo o pesquisador, o próprio organismo possui as vitaminas C e E, porém em quantidades insuficientes para reagir ante o álcool. "Posteriormente, será testado o uso da vitamina E para ver se ela será capaz de ajudar na minimização dos efeitos", afirma. A próxima linha de estudo de Hipólito será observar se os efeitos do álcool em doses agudas pode ter consequência prolongada. Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

Crack: Tire esta pedra do seu caminho..

Rede Bom Dia Livre do vício, vendedor de carros diz que esse é o maior mal que enfrentou na história de sua vida. Nas últimas semanas tem se falado muito sobre o fim da cracolândia em São Paulo. No ano passado, Jundiaí viveu uma ação parecida quando a Guarda Municipal fez uma tentativa de tirar os usuários de crack da Vila Aparecida, mas o que se fez foi espalha-los por toda parte. A “pedra”, como é conhecida entre os viciados, não é tão fácil assim de ser combatida. Precisa muita coragem. O BOM DIA conversou com um ex-usuário, que contou o drama de viver drogado dos 15 aos 32 anos. Caiu no crack quando não tinha mais dinheiro para comprar cocaína, mais cara. E foi então que se afundou de vez: “Fui ao inferno”. Ele alerta a sociedade de que é preciso exigir uma ação eficaz dos governos e que de nada adianta virar o rosto e achar que o problema é dos outros. “É utopia achar que as drogas vão sumir do mundo. Mas também sou contra impor tratamento para os dependentes. O próprio usuário precisa ter essa consciência e querer sair dessa vida, mas só o fará com ajuda. Da família, das clínicas que o governo deve oferecer. Sem dor é impossível”, avisa ele, hoje bem empregado no ramo de venda de automóveis. Aos 35 anos, ele lembra que tudo começou com álcool. “Não é a solução, mas é um primeiro passo mudar a postura das famílias de deixar adolescentes consumirem álcool dentro de casa, mudar a concepção de que o caminho para as drogas é longo. Isso é mentira”, explicou. Para ele, as políticas públicas de ambulatórios e clínicas de reabilitação ajudam, mas só isso não resolve. “O crack é um grande problema para a sociedade. Destrói famílias inteiras. É preciso investir em clínicas de portas abertas, porque trancar alguém em um quarto, amarrá-lo em uma cama não resolve.” O jundiaiense classifica o vício no crack como uma doença “progressiva e fatal”. Ele chegou a dizer que é “incurável também”, mas seu exemplo mostra que há saída. Uma coisa puxa a outra/ Quando tinha 14 anos, ele começou a tomar uma cervejinha só para relaxar. “Na minha casa sempre teve muita bebida.” Aos 15, já fumava cigarro e tinha experimentado o lança-perfume num baile de Carnaval. Logo depois começou a fumar maconha. “Não tinha a dependência da maconha, mas ia associando álcool, cigarro e a droga, tudo junto.” Segundo ele, a combinação passou a não dar mais o “barato” necessário. Foi assim que conheceu a cocaína aos 16 anos. “Foi fácil viu, não tem segredo quando a gente quer algo e pode pagar”, alerta aos pais. “Era uma sensação de liberdade. Mas o grupo que eu frequentava usava pouco e eu queria cada vez mais. Eles usavam e iam para casa. Eu varava a noite cheirando.” Ele chegou a consumir dez gramas de cocaína no dia. A dependência foi piorando até que em 1999 veio a primeira internação. “Passei quatro meses em uma clínica de recuperação, fazendo terapia, acompanhamento e fiquei limpo. Mas voltei para casa e mantive os mesmos hábitos. Frequentava os mesmos lugares, via as mesmas pessoas e depois de três anos voltei a usar cocaína.” O crack /Foi nessa época que ele teve o primeiro contato com o crack. “A ação é mil vezes pior e a sensação é rápida. O vício aumenta na mesma proporção que a compulsão de usar.” A cada dia o problema ficava maior, a vontade de usar aumentava e a droga estava sempre ao alcance. “Eu gastava tudo o que tinha para consumir. Cheguei a trocar relógio, som de carro, e tudo mais o que tinha para ter uma pedra.” No auge do vício, ele chegou a usar 60 pedras de crack por dia. Chegou a se trancar três dias em um quarto de motel só para usar a droga. Voltava para casa destruído, passava outros dois ou três dias em uma enorme depressão e logo já queria mais crack. “Eu tinha consciência de que estava me matando. Foi então que eu despertei. Se eu não tivesse agido naquela hora, não estaria vivo.” Ele quis mudar. E, após outras quatro internações, mais terapia e acompanhamento psiquiátrico, e com apoio familiar, ele saiu da vida das drogas e hoje participa de grupos de apoio. “É importante levar essa mensagem de superação para outras pessoas. É possível sair disso. Mas é preciso querer.” E se engana quem pensa que ele se descuida. Sabe que cada dia é uma vitória por não cair no vício novamente. Dise apreende porções turbinadas Policiais da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Jundiaí apreenderam na noite desta quinta-feira (02) 500 porções de crack turbinadas. As pedras maiores eram vendidas a R$ 20. Além do crack, outras 500 porções de cocaína e 11 trouxinhas de maconha foram encontradas na casa de um gerente do tráfico, em Cabreúva. A operação, coordenada pelo delegado Seccional Ítalo Miranda Junior e pelo delegado da Dise, Florisval Silva Santos, resultou na prisão de A. J. F. O., 21 anos. Cidades da região também têm suas próprias ‘cracolândias’ As cidades da região também têm problemas com o crack. Mas, ao contrário de Jundiaí, os usuários não se espalharam pelas principais ruas, ficando concentrados em determinados pontos. Em Itupeva, por exemplo, a polícia aponta um terreno no bairro do Calabró como ponto de encontro de usuários de crack. No local também há várias biqueiras para a venda do entorpecente. Já em Várzea Paulista, a Vila Real e o Jardim Bertioga são apontados por policiais como as cracolândias da cidade. Os usuários usam casas abandonadas para consumir a droga. Em Campo Limpo Paulista, o Jardim Vitória, conhecido por ter uma grande área de mata fechada na divisa com Várzea, e o São José 2 e 3, por causa das vielas e barracos, são os pontos preferidos dos usuários de crack. Segundo policiais ouvidos pelo BOM DIA, os locais são conhecidos pelas autoridades, mas como usuários não respondem mais criminalmente, o foco passa a ser as biqueiras onde a pedra é comercializada. “Essa é uma questão de saúde pública. Tratar o usuários é complicado, é caro, mas é uma das soluções. Enquanto isso combatemos a chegada da droga nos pontos de venda”. Para uma outra autoridade, o CAPs (Centro de Atenção Psicossocial-Álcool e Drogas) representa um avanço, "mas é preciso investir no preparo e capacitação dos profissionais. O CAPs não consegue resolver o problema da dependência química sozinho. Algumas decisões são clínicas, mas outras são sociais.” Para eles, apenas tirar os viciados das cracolândias não resolve o problema da dependência. “É preciso oferecer serviços para esses indivíduos, associados a outras medidas. Ao encarar a cracolândia como uma área de traficantes e apenas querer limpar o espaço, se corre o risco de piorar a situação daqueles que estão seriamente dependentes do crack.” Em julho do ano passado, a GM de Jundiaí fez uma operação que resultou na retirada de dez barracos utilizados por usuários de crack e óxi em terrenos na Vila Aparecida e no São Camilo. Alguns dias depois a reportagem encontrou usuários de volta. Mas com o pasar do tempo, eles se espalharam pelas ruas de Jundiaí e ocuparam áreas na Ponte São João ou praças como a Bandeira ou a das Rosas, no Centro. “Jundiaí não tem uma cracolândia como a de São Paulo. O que acontece é que coincidentemente os usuários se aglomeravam nos barracos da Vila Aparecida. Agora, eles se viram obrigados a ficar pelas ruas”, afirmou um dos policiais ouvidos pelo BOM DIA. Segundo reportagem da revista “Veja”, pesquisa mostra que 98% das cidades do Brasil têm problemas em razão do crack, sem que haja um plano nacional para mudar esse triste panorama. Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Crack: Uma maldição..

Há algum tempo atrás um cidadão aparentando ter pouco mais de trinta anos, vagava pelas ruas centrais de Aracaju, como de costume, pois noutra vez eu já tinha observado os seus passos nas mesmas cercanias. Mostrava estar triste e deprimido como nunca, talvez como sempre. O dia de sábado era como outro qualquer na sua vida e na vida da cidade, pois o vento que soprava quente era o mesmo, o sol abrasante e causticante a tudo esquentar era o mesmo, as pessoas indiferentes, passando de um lado para o outro das ruas e nas calçadas, afastando-se do citado cidadão em misto de medo e asco eram as mesmas, a agencia bancaria a qual ele entrara era também a mesma. Entretanto, aquele carrancudo cidadão, barbudo, cabeludo, sujo, maltrapilho, esquelético, parecendo seriamente doente me lembrava de alguém, alguém conhecido, alguém que um dia já mantivera algum tipo de contato verbal comigo, mas, por mais que eu tentasse me lembrar de quem seria aquela misteriosa pessoa não conseguia. Demasiadamente curioso, dessa vez olhei mais demoradamente para aquele estranho e intrigante cidadão enquanto ele tirava dinheiro no cash do banco no mesmo instante em que as outras pessoas que ali estavam presentes trataram de fugir do recinto pensando ser ele um assaltante, um bandido ou delinquente qualquer, talvez um maluco andarilho. Ele não demostrou surpresa pelo fato das pessoas assim agirem, parecia acostumado com isso, com essa humilhação, sabia que a sua aparência era assustadora apesar de saber que não era um marginal, parecia não estar ali naquele momento, noutro mundo, não ligar para o que acontecia a sua volta, parecia nada temer, talvez se a Terra explodisse para ele seria normal. Temia somente um novo ataque de bronquite que se avolumava no seu pulmão devido a tosse grossa e pesada que insistia na sua garganta a fazer tremer a sua longa e imunda barba que carregava em igual modo com o seu cabelo escarafunchado e embuchado tal qual uma casa de cupim . As suas perspectivas eram as piores possíveis. Certamente mergulhado em pensamentos pessimistas, nem sequer notou que eu sem disfarçar tanto olhava para ele querendo me lembrar de onde o conhecia, até que o guarda do banco chegou de um possível cafezinho e me falou: - Tá vendo o que o crack faz? ... Ele era um Advogado!... Foi aí que tudo emergiu, veio à tona; foi ai que tudo me chegou à mente; foi ai que o mistério foi revelado; foi ai que pude decifrar todos seus segredos; foi ai que vi o quanto o destino das pessoas pode ser cruel para uns e bondoso para outros; foi aí que eu vi aquele cidadão, antes promissor Advogado conversando comigo em algumas oportunidades nos corredores do Tribunal de Justiça e em determinada Delegacia que trabalhei, assuntos relacionados a Processos criminais ou Inquéritos policiais; foi aí que me lembrei de uma reportagem que um jornal sergipano fez sobre uma mãe em desespero querendo libertar o seu querido filho, estudioso, carinhoso, alegre e feliz com a vida, então Advogado preso nas garras do crack; foi ai que soube que os familiares desse cidadão tentavam interna-lo em clinica apropriada, mas ele se recusava tal tratamento por conta do poder avassalador e sobrenatural do crack que o arrastava cada vez mais para o fundo do poço; foi ai que lembrei que aquele Advogado entrou no imundo mundo do crack por conta de ter se envolvido com um traficante após conseguir sua liberdade na Justiça; foi ai que lembrei da citada matéria jornalística dizendo que aquele Advogado se desfez do seu escritório, do seu carro, dos seus bens, vendendo ou trocando tudo pelo crack ou para pagar dívidas com traficantes; foi ai que eu senti que aquele cidadão abandonou a sua casa e passou a morar no submundo da sociedade de Aracaju, nas ruas, no mercado central, nas marquises dos prédios ou em pensões baratas junto à prostituição rasteira, com seus iguais, pelo crack e para o crack; foi ai que eu imaginei que aquele cidadão então sobrevivia de algum dinheiro que ainda restava da venda dos seus bens, ou quem sabe, de depósitos efetuados por familiares na sua conta bancaria; foi ai que eu vi que um cidadão bem vestido, alinhado, com terno, paletó e gravata impecáveis pode se transformar num mendigo, num zumbi, num morto-vivo; foi ai que eu vi que a vida daquele cidadão era somente o crack. Certamente sentindo-se arrasado, desesperado, impotente para resolver o seu próprio infortúnio, o seu calvário, lançando um olhar no passado esse cidadão, antes feliz Advogado, viu o rumo errado que tomou, mas não teve forças para voltar atrás, não queria se curar, não admitia tratamento porque o crack era mais forte do que a sua vontade, o crack era mais forte do que ele. O seu presente era só o crack, o crack como o senhor do seu viver, o crack como seu dominador, o crack como destruidor da sua família, o crack como aniquilador da sua vida. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. O crack é o grande mal do século, o mal dos males, a pior de todas as drogas, que se não for um mal que todos nós estejamos esclarecidos, irá nos afetar em qualquer momento de nossa vida ou na vida de quem mais amamos, como de fato aconteceu com esse cidadão e sua família, um jovem que estudou nos melhores colégios, que teve boas amizades, que se formou em Direito, que se tornou um Advogado, que tinha um bom escritório, que pretendia ser juiz por isso adormecia em cima de livros de tanto estudar, que tinha um bom futuro pela frente, mas que por ironia do destino, pelo poder sobrenatural dessa droga, tudo trocou pelo crack. Rodeado e instado pelos sentimentos humanitários de enternecimento, compaixão, piedade até porque sempre fui dos maiores combatentes do crack, tanto na área repressiva quanto preventiva, com prisão de grandes traficantes na minha careira policial e inúmeros artigos de minha autoria pertinentes ao tema publicados em centenas de sites do Brasil, Portugal, Angola e Moçambique, logo pensei em falar com ele, oferecer algum tipo de ajuda moral, espiritual, mas seu olhar sisudo e com possibilidade de algum tipo de agressão me afastaram, me reprimiram até porque ele também não me reconheceu. Entretanto, todas as vezes que caminho pela citada área de Aracaju, procuro em vão e insistentemente com os meus curiosos olhos pelo triste cidadão entre os inchadinhos de cachaça ou barbudinhos zumbis do crack em muitos espalhados pela redondeza. Se o cidadão aceitou fazer tratamento, se fez ou faz tratamento em clinica de recuperação não sei, só sei que o poder de imensa e infinita bondade do nosso Criador pode sobrepor e derrotar o poder sobrenatural do crack como assim já fez com muitos. Assim, um dia espero ver aquele alegre Advogado de volta aos corredores do Tribunal de Justiça ou em Delegacias defendendo os seus clientes, menos os traficantes. Autor: Archimedes Marques (Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe) - archimedes-marques@bol.com.br

Alcoolismo

Alcoolismo é a dependência do indivíduo ao álcool, considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a conseqüências irreversíveis. A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho. O álcool no organismo : O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de elementos naturais. O álcool da aguardente vem da fermentação da cana-de-açúcar, e o da cerveja, da fermentação da cevada, por exemplo. Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago e absorvido no intestino. Pela corrente sangüínea suas moléculas são levadas ao cérebro. A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo. O álcool no organismo causa inflamações, que podem ser: - gastrite, quando ocorre no estômago; - hepatite alcoólica, no fígado; - pancreatite, no pâncreas; - neurite, nos nervos. Os perigos do álcool : Apesar de ser aceito pela sociedade, o álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome quanto para as pessoas que estão próximas. Grande parte dos acidentes de trânsito, arruaças, comportamentos anti-sociais, violência doméstica, ruptura de relacionamentos, problemas no trabalho, como alterações na percepção, reação e reflexos, aumentando a chance de acidentes de trabalho, são provenientes do abuso de álcool. Sinais do alcoolismo : - Você já sentiu que deveria diminuir a bebida? - As pessoas já o irritaram quando criticaram sua bebida? - Você já se sentiu mal ou culpado a respeito de sua bebida? - Você já tomou bebida alcóolica pela manhã para ´aquecer´ os nervos ou para se livrar de uma ressaca? Apenas um ´sim´ sugere um possível problema. Em qualquer dos casos, é importante ir ao médico ou outro profissional da área de saúde, imediatamente, para discutir suas respostas. Eles podem ajudar a determinar se você tem ou não um problema com a bebida, e, se você tiver, poderão recomendar a melhor atitude a ser tomada. Fonte: Ministério da Saúde www.saude.gov.br

Notícia

Governo negocia restringir venda de álcool em arenas da Copa Terra A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), disse nesta quinta-feira que o governo federal está em busca de um "meio termo" para garantir que a venda de bebidas alcoólicas seja autorizada em estádios durante a Copa do Mundo de 2014. Uma das possibilidades é permitir que o torcedor consuma a bebida em postos de venda específicos, como bares e restaurantes dentro das arenas, ou nos intervalos entre o primeiro e o segundo tempos. A versão mais recente do relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da Lei Geral da Copa na Comissão Especial da Câmara, prevê a autorização para a venda e o consumo das bebidas em bares e restaurantes montados na Copa e na Copa das Confederações, por exemplo. Atualmente, o Estatuto do Torcedor, de 2003, proíbe o acesso e a permanência de torcedores com bebidas de teor alcoólico em atividades esportivas. Em novembro, em discussão na Câmara dos Deputados, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, desafiou que se provasse que a comercialização de cerveja nas arenas aumenta os índices de violência entre torcedores nas partidas. O dirigente relembrou na ocasião que uma grande marca de cerveja é uma das principais patrocinadoras do Mundial e disse que a venda de álcool nos estádios não significa que a "Fifa esteja aqui para embebedar as pessoas". "É verdade que limitar o álcool reduz muito a violência, mas na África do Sul, na Alemanha, a venda de cerveja em condições controladas nunca provocou nenhum tipo de violência ou guerra nos estádios", disse. "Temos esse acordo, seja com nosso patrocinador Budweiser ou diferentes organizações, que pode haver venda de álcool controlada nos estádios. Quer dizer que controlamos como ela pode ser distribuída. Não pode ser distribuída, por exemplo, em garrafas para que não possa ser utilizada como arma contra torcedores ou jogadores", disse. Fonte:ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)