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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Por AE
São Paulo - A maconha é a droga mais consumida por adolescentes de 12 a 18 anos em tratamento no Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), da capital paulista, mostrou levantamento da Secretaria de Estado da Saúde. Dos 112 jovens entrevistados, 67% têm na Cannabis Sativa a droga preferida. E 2% tiveram o primeiro contato com drogas aos 7 anos.

Crack e cocaína aparecem em segundo lugar, com 11%, seguidos de inalantes (como benzina), álcool e tabaco, com 4%, 3% e 2%, respectivamente. O Cratod atende principalmente jovens de escolas públicas e internos da Fundação Casa. Por isso, a pesquisa não pode ser vista como um reflexo de todos os jovens, ressalta a diretora do Cratod, Luizemir Lago. Segundo ela, a maconha está em primeiro lugar por ser de fácil acesso aos jovens. “O fato de as drogas serem proibidas desperta a curiosidade deles.”

Diretora da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Alessandra Diehl cita o baixo preço da maconha - que pode ser encontrada por R$ 1 o cigarro, enquanto o grama de cocaína não sai por menos de R$ 10. “A maconha é a porta de entrada para drogas ilícitas”, diz Alessandra.

Toda apologia em cima da maconha, “uma erva natural”, “que não vicia” também contribui, diz Alessandra, que alerta para os malefícios que a droga provoca: perda de memória, dificuldade no aprendizado e concentração. “Pesquisas mostram que o usuário de maconha tem duas vezes mais chances de sofrer surtos psicóticos, como esquizofrenia.”

Contra o argumento de que muitos usuários são bons alunos ou bons profissionais, Alessandra diz que o limite entre o “uso recreativo” e o consumo excessivo é muito tênue. “Não se pode vender essa ideia a um jovem”, diz a especialista. E, quanto mais jovem o consumidor, maiores e mais graves são os sintomas. As informações são do Jornal da Tarde.
AE

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